Manutenção e Avaliação de Sistemas AVAC e de Frio
20ª EdiçãoAs instalações AVAC estão maioritariamente associadas aos edifícios de Comércio e Serviços e Indústria permitindo cumprir com os requisitos de conforto térmico e salubridade do ar para as pessoas e também para processo (requisitos de controlo de temperatura para a produção). A sua manutenção é essencial para evitar avarias e manter a sua eficiência, porque para além do seu custo de reparação poderão acarretar elevados custos por diminuição da capacidade de trabalho dos colaboradores e também ao nível da produção diminuição da qualidade do produto e respetiva subvalorização ou até mesmo à sua anulação (eliminação).
O Frio Industrial está maioritariamente associado à conservação de bens alimentares pelo que típicamente é uma instalação crítica. A sua manutenção é essencial para evitar avarias, as quais para além do seu custo de reparação poderão acarretar elevados custos pela deterioração dos bens em conservação
TOPO- No fim do módulo os formandos serão capazes identificar oportunidades de melhoria de eficiência do sistemas de refrigeração por compressão, assim bem como os principais pontos de manutenção para optimizar a eficiência operacional da sua instalação.
1. Principais Tipos de Sistemas AVAC
1.1. Sistemas Ar-Ar:
- Rooftop;
- Unidade de Tratamento de Ar (UTA).
1.2. Sistemas Ar-Água:
- Ventiloconvectores;
- Radiadores;
- Aerotermos.
1.3. Sistemas Água-Água:
- Unidade de climatização de condensação a água;
- Bombas de calor geotérmicas.
1.4. Sistemas de Expansão Direta:
- Splits;
- Multi-splits;
- VRV e VRF.
2. Equipamentos dos sistemas AVAC
2.1. Produção:
- Chiller, Chiller Bomba de Calor, Chiller com recuperação, chiller 4 tubos;
- Caldeira – gás, gasóleo e biomassa;
- VRV / VRF;
- Rooftop;
- Torre de Arrefecimento;
- Ventiladores.
2.2. Transporte de Fluidos:
- Tubagem;
- Condutas.
2.3. Difusão:
- Difusores – alcançe, velocidade de zona ocupada e temperatura de zona ocupada;
- Grelhas;
- Condutas têxteris microperfuradas;
- Ventiloconvectores (aerotermos);
- Radiadores;
- Vigas arrefecidas;
- Piso Radiante.
3. Oportunidades para optimização da eficiência
- Freecooling;
- Temperatura necessária para água de um chiller;
- Sistemas de baixa temperatura no aquecimento;
- Variação de velocidade das bombas circuladoras em função da pressão ou temperatura;
- Variação de velocidade dos ventiladores em função da pressão ou temperatura;
- Sistemas predictivos em função do horário, condições exteriores e inércia do edifício;
- Regulação da banda morta;
- Acumulação em períodos de maior eficiência e menor custo energético;
- Indumentária.
4. Circuito de Refrigeração por Compressão
4.1. Princípio básico de funcionamento;
4.2. Principais equipamentos utilizados na sua construção;
- Compressor:
– Aberto, Semi-hermético e Hermético.
- Evaporador:
– Forçado ou Estático;
– Ar, água ou outro fluido.
- Condensador:
– Forçado ou Estático;
– Ar, água ou outro fluido.
- Dispositivo de Laminagem:
– Mecânico ou Electromecânico e electrónico.
– Elementos do circuito (filtro secador, válvula solenóide, etc..)
4.3. Eficiência do ciclo (COP, EER, SEER);
4.4. Oportunidades para optimização da sua eficiência:
- Sobreaquecimento;
- Subarrefecimento;
- Rendimento isentrópico do compressor;
- Temperatura de Condensação;
- Temperatura de Evaporação;
- Recuperação de calor de descarga do compressor (sensível);
- Recuperação de calor de condensação;
- Escalonamento da instalação – requisitos de capacidade variam ao longo do ano;
- Controlo modulante da pressão de condensação;
- Eficiência dos motores dos compressores, ventiladores ou bombas;
- Acoplamentos directos vs transmissão por correias.
5. Manutenção
5.1. Introdução à Manutenção Preventiva (Sistemática e Predictiva) e Manutenção Curativa:
- Vida útil de uma instalação AVAC – custo de instalação vs custo de exploração;
- Custos de exploração vs custos da manutenção;
- Identificação dos equipamentos e localização – Ordens de Trabalho (OT);
- Telas Finais das especialidades hidráulica, aeráulica e eléctrica com a respetiva identificação.
5.2. Manutenção Preventiva – Preditiva:
- Termografia;
- Ultrasons;
- Análise de Vibrações;
- Detetor de fugas electrónico;
- Monitorização:
– Sondas de temperatura;
– Sondas de pressão (transdutores de pressão);
– Sondas de velocidade;
– Pressostatos diferenciais;
– Analisador de energia elétrica;
– Contador de Energia Térmica (entálpico);
– Contador de consumo – água, gás, …
– Aquisição de dados e possível ligação à GTC.
5.3. Manutenção Sistemática:
- Ventiladores:
– Transmissão por correias:Tensionamento (Alinhamento; Escorregamento; Chumaceiras)
- Acoplamento direto:
– Alinhamento;
– Chumaceira.
- Filtros de ar:
– Substituição de filtros colmatados (perda de carga);
– Hermeticidade da caixa e entre filtos;
– Lavagem de filtros (plásticos ou metálicos).
- Caldeira:
– Admissão de ar;
– Esgoto de condensados;
– Pressão de alimentação do gás (redutor de pressão);
– Pressão de alimentação do gasóleo (filtro da bomba);
– Humidade presente na Biomassa;
– Afinação da combustão – analisador de gases de combustão;
– Isolamento do corpo da caldeira;
– Detetor de combustível em caso de fuga;
– Limpeza da zona de combustão.
- Permutadores (permutador a água, permutador de expansão directa, permutador de placas, permutador “shell&tube”):
– Estado de conservação à corrosão;
– Estado das alhetas;
– Incrustações;
– Filtros.
- Termostatos de Pressostatos:
– Controlo (Verificar desvio face ao valor pedido; Verificar actuação segundo o diferencial regulado)
– Segurança (Válvula de segurança por pressão; Termostatos de segurança; Válvulas redutoras de pressão)
- Tubagens:
– Isolamento;
– Ligações flexíveis.
- Válvulas, Registos e Actuaradores:
– Comutação das válvulas sem fuga interna entre canais;
– Posicionamento dos Registos;
– Posicionamento dos Actuadores.
- Sistema de Tratamento de água:
– Doseamento por impulsos;
– Anti-calcário;
– Análise à água do circuito fechado;
– Análise à água de alimentação.
- Motores e Alimentação elétrica:
– Valor dos enrolamentos;
– Nº de arranques (mesmo com arrancador suave ou variador de velocidade);
– Regime de funcionamento com variador de velocidade;
– Sobretensão;
– Subtensão;
– Desíquilibrio de fases;
– Harmónicos;
– Cavas;
– Flickers.
– Chiller, Rooftops e VRV:
– Sobreaquecimento;
– Subarrefecimento;
– Temperatura de Descarga do compressor;
– Acidez de óleo do compressor.
- Evaporador:
– Limpeza (incrustações);
– Descongelação (sistema de descongelação);
– Ventiladores (se não for estático);
– Bloqueio da circulação do ar pelos produtos armazenados – curto circuito de ar;
– Alhetas irregulares impedindo o fluxo de ar.
- Condensador:
– Limpeza (incrustações);
– Ventiladores (se não for estático);
– Exposição solar (sombreamento);
– Bloqueadores de fluxo;
– Alhetas irregulares impedindo o fluxo de ar.
- Compressor:
– Nível Óleo;
– Componente elétrica de potência;
– Acidez do óleo;
– Resistência elétrica de cárter;
– Válvulas solenóide para o sistema de regulação de capacidade;
– Apoios antivibráticos;
– Pressostato diferencial da bomba de óleo (no caso dos compressores com circulação forçada).
- Dispositivo de Laminagem:
– Válvula de expansão termostática (mecânica) vs Válvula de expansão electrónica;
– Colocação do Bulbo da válvula de expansão.
- Termostatos de Pressostatos:
– Controlo (Verificar desvio face ao valor pedido; Verificar actuação segundo o diferencial regulado).
– Segurança (Forçar e verificar a sua actuação).
- Tubagens:
– Isolamento;
– Vibrações;
– Ligações flexíveis.
- Visor de líquido e indicador de humidade:
– Verificar se há indicação de humidade;
– Verificar se o fluído está a borbulhar.
- Filtro Secador:
– Diferencial de temperatura.
- Válvulas de Segurança:
– Verificar o selo de segurança;
– Verificar existência de óleo na proximidade.
5.4. Sintomas de Avaria e Causas Prováveis:
- Pressão e Condensação muito alta;
- Pressão e Condensação muito baixa;
- Temperatura de descarga do compressor elevada;
- Camada de gelo após o filtro secador.
- Engenheiros;
- Técnicos e Instaladores de refrigeração e climatização;
- Eletricistas;
- Pessoas com interesse geral no conhecimento técnico e teórico da refrigeração e climatização;
- Todos os interessados em aprofundar o seu conhecimento neste tema.
- Expositivo, Ativo e Interativo com recurso a Multimédia;
- Realização de relatórios e partilha de experiências.
Tiago Oliveira, Eng.
Licenciatura em Engenharia Mecânica – Ramo Energia pelo INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO
Participou em Empresas no âmbito de projetos de aquecimento, ventilação e ar condicionado, energia solar térmica e certificação energética.
Em atividade liberal fez vários levantamentos, monitorização e estudo das soluções AVAC, Iluminação e Potência instaladas nos edifícios para certificação energética.
Consultoria, Assistência Técnica e Formação em Engenharia Mecânica, focada nas áreas de fluidos e calor, refrigeração, energia térmica e aquecimento, ventilação e ar condicionado e auditorias energéticas.
Coordenou equipas de manutenção, assistência técnica no terreno, realizando propostas de manutenção e assistência técnica e conceção de soluções de energia na indústria, edifícios de serviços e habitação.
Formador do curso Projeto e Instalações AVAC, Manuseamento de Gases Fluorados e Termografia
No ISEC – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, como professor externo lecionou:
Unidades curriculares: IAVAC – Instalações de AVAC, ICR – Instalações de Climatização e Refrigeração e IF – Instalações Frigoríficas.
Examinador para Técnicos de Manuseamento de Gases Fluorados com Efeito Estufa e Consultoria. AIPOR, Porto
Sócio-Gerente da INFINIPLUS, Paredes, empresa que se dedica a Manutenção e Instalação AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), Projeto AVAC (REVIT MEP). Conceção e Implementação de sistemas GTC (Gestão Técnica Centralizada). Consultoria, certificação e auditoria energética principalmente na indústria e edifícios de serviços, assim como a respetiva implementação e instalação das soluções de melhoria e redução do consumo de energia.
ONLINE / LIVE
Como Funciona esta Formação Online/Live em Direto?
- Fazer inscrição nesta página
- Após a inscrição e pagamento, os Participantes irão receber um link de acesso para clicarem e entrarem na plataforma à hora marcada.
- A formação será dada em formato Online/Live, à hora marcada, em Direto.
- Esta plataforma é muito simples de utilizar e permite que haja interactividade. Os participantes poderão participar, comentar, fazer perguntas, tirar dúvidas, por escrito ou por voz, em tempo real.
Esta formação, com a duração de 16 horas, funcionará nos seguintes dias:
3, 6, 10 e 13 de Fevereiro de 2025
18:30 – 22:30 | Pausa: 20:30 – 21:00
O valor da inscrição é de 390.00 € + IVA (23%), valor total de 479.70 € pagável ao CENERTEC até à data de realização do Curso e inclui:
- Acesso à Plataforma E-Learning
- Acesso à Documentação de Apoio
- Certificado SIGO